quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tempestade

 

A chuva cai sobre o asfalto, o lixo  dança sobre as águas  as ruas e depois  entopem os bueiros. As correntes das águas rapidamente invadem as ruas, carros e casas. A rua em que moro alagou na terça-feira e eu não consegui chegar em casa, dormi na casa de uma amiga solidária. Ontem, quarta-feira eu cheguei em casa exaurida, porque não havia dormido bem, tive um dia difícil de muito trabalho. Dormi tarde, mas durante a madrugada eu entrei naquele lugar mágico dos sonhos e descanso total, dormi como um bebê , sem preocupação alguma.

Quando acordei hoje estava renovada e cheia de alegria, fui logo me arrumando e preparando a mochila pra natação e quando liguei a televisão vi que toda São Paulo estava um caos com diversos pontos de alagamento. Essa noticia foi minando as minhas forças e me deixando triste e preocupada, foi quando tia Maria me ligou dizendo que a rua em que moramos alagou novamente durante a madrugada e que a água só escoou por volta das seis da manhã.

Fui até a garagem da casa e a lama era de 2 cm por toda a garagem. Peguei a mangueira e fui tirar a lama, e cada pedacinho que consegui limpar da garagem era como o avanço do desânimo sobre a a minha alma. Que vontade de ficar em casa e não ir trabalhar, que medo de ir pra natação e não conseguir chegar em casa mais tarde, que medo de chegar no bairro e não conseguir atravessar a minha rua até a minha casa, que medo que a casa fique alagada e que a água venha atingir os móveis, mesa, cama, computador…

Desliguei a torneira  e deixei a mangueira no canto da garagem, e ainda precisei pedir auxílio do tio Adilson para terminar o serviço de limpeza mais tarde.

Preciso ir ao trabalho antes que o desânimo acabe com as minhas forças e esperanças. Tenho tantas coisas importantes para resolver hoje no escritório, estou muito atrasada, mas precisava escrever para colocar as minhas idéias no lugar.

Desejo um bom dia pra você e pra mim também!

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