Ele foi abandonado na rua onde moro. Apareceu numa manhã de sol, brincando e latindo para qualquer um. Seguia a todos, mas ninguém se animou em adota-lo. Ele é grande, jovem e saudável com jeito de moleque, brinca com brinquedos e bolas e quando chegou na rua estava mais gordinho e tinha o pêlo ainda mais branco. Branco, é assim que eu chamo ele.
Ele é um moleque ainda, não é adulto, mas depois de três meses morando na rua parece mais velho, meio cansado tem sofrido muito, leva chuva, leva chute, leva grito, socos e ponta-pés… Passa frio! Mas não tem passado fome pois algumas pessoas da rua tem dado comida a ele.
Sempre que saio de casa ele vem em minha direção e me acompanha até a esquina. Eu tenho um pouco de medo dele e talvez ele tenha um pouco de medo de mim. Ele as vezes assusta, quando late para as pessoas estranhas que não são da rua. E coitando não sabe receber carinho, porque tem medo da mão que se aproxima dele de tanto que apanha.
Quando eu o encontro fico alegre por ele estar vivo e por sua alegria em me receber, mas também fico triste por não poder dar um lar para ele.
Você conhece alguém que queria uma cão para amar? Ele está esperando na minha rua.
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