quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pablo Neruda

Das Estrelas que admirei, molhadas
por rios rocios diferentes,
eu não escolhi senão a que eu amava
e desde então durmo com a noite.

Da onda, uma onda e outra onda,
verde mar, verde frio, ramo verde,
eu não escolhi senão uma só onda:
a onda indivisível do teu corpo.

Todas as gotas, todas as raízes,
todos os fios da luz vieram,
vieram-me ver tarde ou cedo.

Eu quis pra mim tua cabaleira.
E de todos os dons de minha pátria
só escolhi teu coração selvagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aproveite para deixar sua opinião, se possível, uma crítica construtiva!